01.01 ... é 2018, e um viva aos babacas

23:51


PH: Isadora França

2018, e em seu primeiro minuto recebia a mensagem de um dos meus melhores amigos.
A mensagem era tomada por um fundo emotivo e cheia de palavras que só faziam sentido para nós dois. Resolvi responder aquela e outras mensagens no meu momento de sobriedade. Sabe como é, ano novo, champs na cabeça, um turbilhão de reflexões para analisar o ano que passou, quem entrou e quem saiu da minha vida. Quem iria permanecer... Tão tomada pela saudade de casa, das amizades que deixei para trás por não saber lidar com a distância, pelo sofrimento que causei a mim mesma me afastando de todos por viver uma relação abusiva (eu abusei de mim mesma sofrendo por algo que não era para ser).
Depois vieram as coisas boas, as pessoas que me ensinaram, a minha sanidade para recuperar minha essência. Eu era eu novamente (é muito bom poder dizer isso).
Pela manhã levantei e mentalizei as coisas e pessoas que quero por perto. Retornei para o meu amigo a mensagem, recebendo logo depois sua ligação.
- Eu te amo, sabia? - Apenas ri e respondi - Assim? Gratuitamente? Brincadeira... também te amo.
Conversamos por alguns vários minutos (ele adora falar). Me contou que está saindo com alguém de quem ele poderia gostar. Fiquei feliz. 
Me disse depois que eu não me fechasse esse ano. A verdade é que nunca me fechei. Não costumo levar experiências ruins para justificar aquela barreira que as pessoas colocam para não se relacionar. A regra é simples. Se a pessoa é bacana, então tá tudo certo.
Mas o levei a refletir sobre toda essa questão de relacionamentos e o quanto as pessoas buscam tanto por algo para preencher a busca incessante pela felicidade. Já mencionei em outros momentos que a felicidade depende do quanto estamos de bem com a nossa essência. Claro que é legal ter alguém para dividir certas coisas, mas para isso também existem os amigos, não é mesmo?
Comentava com ele que minha crush/amiga me deu uma resolução para seguir em 2018.
"Isa, nesse novo ano chega de hétero babaca"... Hahahahaahahaha - ele sorriu - Mas como você vai saber se o cara é babaca? No fundo, talvez todos os homens sejam - Ele mesmo se deu a resposta.
Eu ria de toda essa situação. E a resolução realmente pode ser uma furada do ponto de vista prático.
Repensamos nos 5 anos que passamos nessa loucura entre ele ser meu P.A e relembramos a montanha russa que foi. O beijo, o medo viver esse affair e magoar as pessoas, as duas semanas que sumi depois do beijo, os encontros às escuras, o meu sofrimento porque ele era o mais babaca de todos, o afastamento, o seu sofrimento porque ele descobriu que tinha sentimentos mais fortes por mim, a mudança para tentar me reconquistar, a volta, a paixão, minha partida, a partida dele, namoros, a amizade que se fortificou, as longas conversas, os conselhos do tipo "Esse cara não te merece, Isa"..."Dih, essa mina parece ser massa", as visitas inesperadas (Slz-POA ou BSB-POA) para me salvar de mim mesma e da minha melancolia, e hoje uma amizade que é mais importante do que o envolvimento carnal. Ele discorda dizendo que o sexo dava um plus na nossa amizade. Pode até ser.
Enquanto escrevo esse texto (ouvindo Interpol, nua e com uma ceva), se passa uma novela na minha cabeça, imaginando quantos E se... eu ainda viveria. Agradeço a você, que foi uma companhia construtiva nesse ano que passou. E dou um viva aos héteros babacas também... se não fosse vocês sumirem em algum momento, não me permitiria o encontro com pessoas que realmente valham a minha companhia.

Desejo um ano espetacular a vocês, e se possível sem babacas.






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